Axolote (Ambystoma mexicanum)
Origem
O Axolote é um anfíbio neoténico originário dos lagos Xochimilco e Chalco, na região da Cidade do México. É uma espécie endémica e considerada criticamente em perigo de extinção na natureza, sendo amplamente criada em cativeiro.
Tamanho
Os adultos medem entre 20 a 30 cm de comprimento, embora alguns exemplares bem cuidados possam ultrapassar ligeiramente este intervalo. O crescimento depende da genética, alimentação e qualidade da água.
Esperança de Vida
Com os cuidados certos, podem viver entre 10 a 15 anos em cativeiro.
Comportamento
O Axolote é pacífico, curioso e relativamente inativo durante o dia. É uma excelente opção para quem procura um animal aquático diferente e fascinante. Por ser um animal neoténico, mantém características larvais ao longo da vida, como brânquias externas e cauda natatória.
Habitat Recomendado
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Adultos: mínimo 80 litros por axolote, idealmente 100 litros para um único exemplar.
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Para pares ou grupos: adicionar pelo menos 40 a 60 litros por axolote adicional. Mais importante do que o volume total é o comprimento da base do aquário: axolotes são animais de fundo e precisam de espaço horizontal para se movimentar.
- Temperatura ideal entre 16 °C e 20 °C. Evitar temperaturas acima de 22 °C.
- Nunca utilizar aquecedores. Em ambientes quentes, poderá ser necessário usar ventiladores ou refrigeradores para manter a temperatura ideal.
- Substrato preferencial: areia fina ou fundo nu. Evitar cascalho ou substratos que possam ser ingeridos acidentalmente.
- Filtragem suave, sem corrente forte. Recomenda-se uso de filtros com esponja e manutenção frequente.
- Esconderijos obrigatórios (tubos de cerâmica, troncos, plantas artificiais).
Alimentação
Os axolotes são carnívoros e alimentam-se principalmente de presas vivas ou congeladas. A alimentação deve ser variada e adaptada ao tamanho do animal:
- larvas de mosquito/Bloodworms, minhocas, artémia (para juvenis)
- Pequenos peixes de criação controlada (ex: guppies) e camarões de água doce (ex: Neocaridina) podem ser oferecidos ocasionalmente como presa viva, desde que saudáveis e livres de parasitas.
- Rações específicas para axolotes ou anfíbios aquáticos, como Tropical, JBL ou Repashy Grub Pie (reidratado).
- Evitar comida de peixe genérica ou flutuante.
Juvenis devem ser alimentados diariamente. Adultos, 2 a 3 vezes por semana.
Cuidados Específicos
- Manter a água limpa, sem amónia e com níveis de nitrato baixos (<40 ppm).
- Realizar trocas parciais de água semanalmente (20-30%).
- Evitar manipulação direta. A pele é sensível e permeável — só tocar quando estritamente necessário.
- Evitar colocar com peixes ou outros anfíbios — podem sofrer mordidas ou ingerir presas indesejadas.
Compatibilidade / Coabitação
Axolotes podem ser mantidos sozinhos ou com outros axolotes de tamanho semelhante. Contudo:
- Evitar diferenças de tamanho acentuadas — axolotes maiores podem morder os mais pequenos.
- É comum haver mordidas nas guelras ou cauda entre juvenis — garantir espaço e esconderijos ajuda a reduzir agressividade.
- Evitar coabitação com qualquer espécie de peixe, que possa ser predado.
A coabitação entre axolotes adultos, em aquários adequados, é possível e frequentemente bem-sucedida.
Curiosidades
- São capazes de regenerar membros, cauda, olhos e até partes do coração e cérebro.
- Não passam para a fase terrestre como outras salamandras — permanecem aquáticos durante toda a vida.
- Existem várias morfologias em cativeiro: leucísticos (rosados com olhos negros), albinos dourados, selvagens (wild type), melânicos, entre outros.